segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Em outras tribos

Não sou o mais indicado a bancar “o repórter”, mas no ultimo sábado fui ao Show da banda O Rappa com intenções extremante profissionais. Quem trabalha com comunicação precisa conhecer o público, as pessoas e tanto a banda quanto o público não são os meus mais chegados amigos.

Fui conferir também a estrutura do evento. Quem estava realizando eram grandes produtoras e eu, como um bom aluno fui à procura de conhecimento.

Cheguei no horário que estava no ingresso que ganhei pelo Facebook, mas para minha surpresa os portões só seriam abertos uma hora mais tarde.

Vi muita gente que curte reggae e coloquei o preconceito de lado. Vi artesãos, músicos, uma galera alternativa que conversava animadamente ao som de flauta doce tocada por eles mesmos.

No Show, a estrutura foi encantadora. O Palco principal era de uma magnitude incrível. O ruim foi a falta de lixeiras e de comidas e bebidas na pista (pouca diversidade).

Havia algumas promoções, como uma empresa aérea que tiravam fotos para o seu flickr e um site de compras coletivas fazendo brincadeiras e distribuindo brindes. O que eu ganhei (ver foto) foi uma caneca de acrílico com um cordão azul que incentivava o público a durante o evento utilizar a caneca e levá-la para casa, junto com a marca. Boa sacada.


A banda O Rappa nem cheguei a ver, pois eles entraram quase 3 da manhã, mas o Ponto de Equilíbrio foi fantástico. Filosofias e apologias à parte fizeram um bom show e até falaram mal sobre fofocas gratuitas.

As outras tribos têm o direito de ser quem são e não devemos julgá-las sem nem ao menos conhecê-las. Valeu a pena.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Aumenta o som para A Banda Mais Bonita da Cidade

Recentemente, recebemos aqui na agência uma designer portuguesa que ao escolher uma música para o nosso playlist descreveu um vídeo brasileiro de uma banda, onde o rapaz caminhava pela casa cantando uma melodia maravilhosa. Ela se referia À Banda Mais Bonita da Cidade.


Pra quem nunca ouviu falar, o Wikipedia me disse que "A Banda Mais Bonita da Cidade é uma banda musical brasileira de MPB e Indie Rock formada em 2009 que se tornou conhecida pelo lançamento do videoclipe de Oração no site de vídeos YouTube. A banda curitibana ganhou visibilidade em 2011".


Quem ouve a tal oração que eles fizeram ficam com a música na cabeça. Pra quem pensa que eles são músicos de uma música só estão redondamente enganados porque o álbum que eles lançaram é magnífico. E até disponibilizaram ele gratuitamente na internet através do Facebook. Eles utilizam vários instrumentos que fogem do trivial, inclusive instrumentos infantis.


A vocalista Tulipa Ruiz é divina e possui voz marcante como as divas Marisa Monte e Adriana Calcanhotto. Vale a pena demais se deliciar com essas canções. Para dar uma canjinha vou postar a canção mor dessa galera.

domingo, 20 de novembro de 2011

Overdose de Arte

Após minha lastimável ida ao cinema do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura no último sábado, tive o prazer de me deparar com o II Manifesta! Festival de Artes.

Nunca vi tanta manifestação artística em um só lugar. Havia diversos shows acontecendo simultaneamente, exposições modernas, apresentações de Hip Hop, artistas plásticos criando na própria calçada... O público ficava atônito. O que degustar primeiro? Onde ficar diante dessa diversificada abordagem cultural tão macro?

Me propus a ver um pouco de tudo. Para colorir ainda mais o evento, acontecia no mesmo lugar uma mostra de Orquídeas.

Antes de ir embora, três momentos ficaram gravados como referência eterna: As apresentações na área lounge, onde as moças cantavam e dançavam com saiões e vestidos coloridos. Cantavam sobre a alegria de ser crioulo.

Outro momento forte foi com os artistas plásticos: Os trabalhos com canetinhas e colagem foram muito impressionantes e envolventes. Diria até acolhedores.

Pra finalizar, na Praça verde, ao lado do palco maior havia um palanque para o público protestar e tive o prazer de ver jovens conscientes que falavam sobre a construção da Usina de Belo Monte e o impacto ambiental - e social - que a construção da mesma traz ao mundo.

Profissionalmente cresci ao ver como o espaço do Dragão do Mar foi tão bem aproveitado. Como ser humano cresci vendo parte da construção dessa nova geração - que é serelepe como todas as outras, mas que não perdeu a força e a compaixão pela sua própria cultura e pelo próximo.

O Amanhecer

Ontem fui conferir o badalado lançamento do fim de ano: o longa Amanhecer - a primeira parte do fim da Saga Crepúsculo (são dois filmes baseado no último livro que traz o mesmo nome do filme).

Vamos para as críticas: O ultimo filme da série até então, Eclipse, fora indicado a várias categorias do prêmio Framboesa de Ouro e em massa os críticos de cinema detonaram o romântico filme de vampiros.

Críticas à parte fui eu mesmo desafiar os produtores do filme a me surpreenderem. Sinceramente, foi um deprimente. E não porque não seja romântico. Para chegar a esta conclusão basta uma percepção simples de arte.

Falando de roteiro e atuação... Pensei seriamente em o que realmente estava fazendo dentro daquela sala de cinema com mais 12 pessoas.

No enredo, a personagem principal se mostra com cara de enjôo durante todo o filme, menos no momento em que faz sexo (a personagem perde sua virgindade com o vampiro, que no ato, quebra a cama e a deixa repleta de hematomas). Falar de enredo é algo natural, pois o filme começa em um casamento e logo na lua de mel Bella engravida de seu esposo. A criança é um pequeno monstrinho que leva todo o resto do filme trazendo mal estar para a jovem gestante - na verdade, a criança suga suas energias e cresce a ponto de quebrar alguns ossos da mãe - isso me lembra Jogos Mortais, Albergue, Orfanato...

O filme mostra o Rio de Janeiro. Duas ou três cenas apenas. Um Rio onde há carnaval (sério mesmo?), samba e beijos no meio da rua...

Não quero me estender, mas o filme só não é um fiasco total devido a trilha sonora, que é muito boa.
Aconselho você a ir ao cinema e tirar suas próprias conclusões. Se forem diferentes, te dou espaço pra compartilhar aqui.

É por esses motivos que eu prefiro o pôr-do-sol.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O Papa é Gay?

"Me abraça, me beija, me aceita assim como eu sou" - LS Jack

"Sabe quem é gay agora? O Papa" - meu pai.

Incrível o poder da publicidade em rodar o mundo e mudar a mente das pessoas, fazendo-as acreditarem em qualquer coisa que possam ver.

Na verdade, nem precisam ver. O cenarista americano Orson Welles fez uma transmissão ao vivo pela rádio Columbia, em 1938, na qual simulava o que seria o fim do mundo. Os ouvintes acreditaram e houve um grande número de acidentes e até suicídios. A população em massa acreditou que o mundo estava acabando.

A publicidade criativa é uma arma realmente poderosa, capaz de fazer a imagem de um produto ser congratulada em questão de segundos.

Quem fez isso recentemente foi a Benetton. Com uma campanha que exibia a fotomontagem de várias figuras importantes do mundo (lê-se: Barack Obama, Papa, Hugo Chávez, Nicolas Sarkozy etc.) em um ato fofo: se beijando.

A campanha se respaldava no Não Ódio, influenciando a tolerância.
Não quero contar pra você a notícia apenas, mas levantar um questionamento: Até que ponto se pode ousar?

O comunicador é um formador de opinião e até em brincadeiras levamos ideologias que podem mudar o rumo de uma nação inteira. A publicidade pode ser responsável e mesmo quando não for, precisa ser planejada. 

Meu pai não é o melhor exemplo de uma pessoa atualizada ou politizada, mas a massa em questão se norteia pelo que é exposto a ela. 

É legal se pudemos somar com nossos trabalhos, incentivar boas ações, deixar um legado.


Merry Christmas!

O Natal já chegou, na verdade, acho que ele nunca vai embora. Para quem trabalha com publicidade,sabe que este grande negócio começa a ser planjeado mais de um ano antes. Depois o inocente público se admira ao ver as árvores de natal nos shoppings.


O Natal é comercial. Minto. Na verdade, ele como conhecemos (com Papai Noel vermelho, em dezembro, com os presentes) surgiu com intenções extremamente comerciais. E deu certo. A maior parte das empresas investem nisto e os lucros são comprovados. Mas o que não percebemos é que graças a estes tão odiados mercenários, o natal se perpetuou e está mais forte cada ano. Os criadores do natal vermelho e verde sabem que não é só de promoções que esta festa continua, mas de emoções.

Emoções natalinas. Promovidas por quem? Pelas famílias que estão brigando na Ceia pelo maior pedaço do Peru ou pelo mercenários que querem vender mais no fim do ano?

A John Lewis, uma fantástica loja de Londres é mamãe de uma série comerciais que mexem com esta sensibilidade. O deste ano é tido como um dos melhores, segundo a crítica.

Depois de ver este comercial, questione-se se a publicidade promove apenas o comércio ou também o bom e velho espírito natalino.