terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Mito da Caverna

Platão. Isso mesmo, vamos filosofar.
Enquanto lia a respeito de importantes acontecimentos artísticos brasileiros e de como eles foram vetados pelo poder/preconceito/política/tolice da nossa sociedade.


Um desses movimentos foi o Circo Voador, que começou a animar os cariocas na década 80, na Praia do Arpoador. Me deu vontade de ser mais velho e ter visto Cazuza apresentando ao Brasil grandes nomes da MPB como Kid Abelha e Barão Vermelho. Queria ter lutado com eles para impedir que o rapa levasse a lona do Circo Voador, acabando com a festa de tanta gente; lutado também contra o prefeito da época que expulsou os artistas dos Arcos da Lapa.

Os jovens aqui em questão eram "futuristas". Tão futuristas quanto os que participaram da Semana de Arte Moderna de São Paulo, em 22. Da mesma forma, foram criticados e censurados por parte da sociedade e imprensa.

Platão falava que a novidade espanta, gera desconforto. Em sua alegoria (que se mantém contemporânea), ele mostrava que o medo do homem são as sombras - muitas vezes do próprio passado. Tudo o que é diferente, tudo o foge da regra é motivo para uma reunião social e um assassinato. O homem continua o mesmo. Foi assim com Martinho Lutero, com Noé e até mesmo com Harry Potter.

A questão é lutar pelo que se acredita, mesmo que isso não mate Voldemort ou revolucione as Artes Plásticas ou a Música Brasileira. Seja autêntico.

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